A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e seus 74 Sindicatos Municipais filiados repudiam veementemente mais uma afronta do Governador do estado do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), aos trabalhadores e trabalhadoras da educação, que por meio da Procuradoria Geral (PGE), pediu de forma arbitrária e ilegal, a prisão da professora Walkiria Mazetto, presidente da APP Sindicato que faz a defesa da educação pública, a valorização dos trabalhadores em educação e o estado democrático de direito. Outra arbitrariedade cometida foi o pedido da ampliação da multa diária por causa da greve, que é legítima, passando de R$ 10 mil para R$ 100 mil.
A Fetems manifesta seu total e irrestrito apoio à greve dos(as) trabalhadores(as) da educação, causada pelo governador, que não aceitou dialogar com a categoria pautas de interesse de toda a sociedade paranaense, entre elas, o projeto que privatiza as escolas públicas do estado do Paraná.
A Fetems manifesta total apoio e solidariedade à professora Walkiria Mazetto, legítima representante dos(as) trabalhadores(as) da educação pública, que tem sua luta e sua atuação sindical criminalizadas e sua liberdade de expressão e de organização ameaçadas.
Outro ponto que a Fetems repudia é a forma desrespeitosa com que a Assembleia Legislativa do Paraná tratou os manifestantes que eram contra a privatização da escola pública, que de forma pacífica tentou negociar mudanças na votação do projeto de lei e foram recebidos de forma violenta e truculenta pelo legislativo e os parlamentares ainda aprovaram o projeto, que é um retrocesso para a educação pública, sem ouvir a categoria.
Para a Fetems, o Governo do Estado, ao privatizar as escolas públicas assume sua incompetência na gestão da educação no estado do Paraná.
É urgente que o governo do Paraná retire o pedido de prisão da professora Walkiria Mazetto e suspenda o pedido da multa por causa da legítima greve e abra negociação com os professores(as) que de forma pacífica e democrática defendem a educação.
Esperamos que as ações contra a educação tenham fim e que os trabalhadores(as) tenham direito e autonomia sindical em defesa da luta e em defesa da democracia.