A Presidenta da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul), Deumeires Morais, participou de uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Campo Grande na tarde desta segunda-feira, dia 8, sobre a reforma administrativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o objetivo de debater o desmonte da Embrapa, resultante da redução e contingenciamento do orçamento da instituição nos últimos anos, além do projeto de reestruturação implementado pela gestão, comprometendo pesquisas e sucateando a infraestrutura. Também participaram, o Presidente Licenciado da FETEMS, Professor Jaime Teixeira e o Professor Doutor, Onivan Correa, Secretário de Políticas Públicas da FETEMS e Coordenador Geral do Fórum Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul.
Ao usar a tribuna da Câmara Municipal, a presidenta da FETEMS, Deumeires Morais destacou que “a FETEMS, ao longo dos seus 43 anos, sempre lutou contra todos os desmandos de governos e neste momento não poderíamos deixar de participar desse debate tão importante que é a proposição do governo federal que é de desmonte da EMBRAPA. Não podemos deixar de falar que esse desmonte não ocorre somente na EMBRAPA, mas é uma proposta de um governo neoliberal que se iniciou na educação pública, nas universidades, quando quis descredibilizar alunos, professores(as), pesquisadores(as), cientistas, que reagiram e se posicionaram contra esse governo, pois do contrário o retrocesso seria incalculável. Nós entendemos que vocês, da EMBRAPA, estão sendo penalizados por se posicionarem contra o que eles propõem, abrir o país para o uso indiscriminado de agrotóxico. Colocamos as estruturas da FETEMS à disposição de todos e todas, porque entendemos a relevância do trabalho da EMBRAPA”.
O Presidente Licenciado da FETEMS, Professor Jaime Teixeira, também participou da Audiência Pública e em seu uso da palavra ressaltou “o apoio incondicional, ao longo dos anos, ao Movimento Sem Terra, Movimentos Sociais, povos indígenas, etc, e agora não poderia deixar de levar todo apoio a este momento tão delicado ao qual passa a EMBRAPA, pois sabemos das nossas lutas para construirmos um lugar mais justo e igualitário, e a nossa luta pela democracia passa também pela luta contra tantos desmontes ocorridos durante o atual governo”.
Com participação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) “Por uma Embrapa Pública, Democrática e Inclusiva”, o debate envolveu movimentos sociais ligados à agricultura familiar, integrantes do Sindicato, representante da Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz e o Coletivo Ambientalista Indígena de Ação para a Natureza, Agroecologia e Sustentabilidade (Caianas).