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Presidenta da FETEMS fala da importância do Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha – “dia de luta contra o racismo, violência, misoginia e sexismo”

Presidenta da FETEMS fala da importância do Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha – “dia de luta contra o racismo, violência, misoginia e sexismo”

A Presidenta da FETEMS, Deumeires Morais, primeira presidenta negra da Federação, fala a respeito da importância da luta contra o racismo, a violência, a misoginia e o sexismo no Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha, lembrado hoje (25). O objetivo em celebrar a data é reafirmar a identidade, a história e a luta das mulheres negras.

“Ainda vivemos num país estruturalmente racista e as mulheres negras são as principais atingidas. São as mulheres negras que mais sofrem com a violência, com a falta de oportunidade e com a desigualdade em todos os níveis, especialmente no mercado de trabalho”, destaca a Presidenta da FETEMS, Deumeires Morais.

O Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha reforça a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência em uma sociedade estruturalmente racista e machista.

História O Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha foi instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. O evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo.
No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro e em seu nome e de tantas mulheres que foram e são importantes para nossa história, é que também seguimos.

Precisamos destacar que mais da metade da população brasileira é negra, segundo dados do IBGE. Porém, essa população, em especial as mulheres negras, protagonizam os piores indicadores sociais. “A história nos revela quantas injustiças foram cometidas contra as mulheres negras, a sociedade tem uma dívida imensa com milhares de mulheres que não tiveram nenhuma oportunidade apenas por serem mulheres negras. Nós mulheres precisamos e vamos ter vez e voz. Hoje nós somos a resistência”, diz Deumeires Morais.

Nossa luta – De acordo com o Atlas da Violência de 2019, 66% de todas as mulheres assassinadas no país naquele ano eram negras. E ainda, as mulheres negras são a principal vítima de feminicídio, das violências doméstica, obstétrica e da mortalidade materna, além de estarem na base da pirâmide socioeconômica do país.

Além disso, 63% das casas chefiadas por mulheres negras estão abaixo da linha da pobreza, de acordo com a última Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE. Contudo, uma vez garantida a vida e superada a miséria, os desafios continuam.

Apesar de, pela primeira vez, os negros serem maioria nas universidades públicas, como aponta a pesquisa “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil” do IBGE, mulheres negras ainda recebem menos da metade do salário de homens e mulheres brancas no Brasil, independente da escolaridade.

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