Hoje, dia 06 de abril, a Secretária de Políticas Educacionais da FETEMS, Sueli Veiga Melo participou do Seminário realizado pelo Conselho Estadual de Educação sobre a Educação do Campo, mais especificamente, sobre a Pedagogia da Alternância.
A Educação do Campo é um tema em debate permanente na FETEMS, no Conselho e na sociedade.
A Pedagogia da Alternância, surgiu na França, em 1930, com os agricultores e padres (de caráter mais social), em 1958, aparece na Itália (de caráter mais política) e a partir de 1969, se espalha pelo mundo: Senegal, Espanha, Argentina e Brasil. Foi levada a estes e outros países pelo mundo pelo campo progressista da igreja católica.
No Brasil chega em 1969, pela igreja católica, com as casas familiares rurais e as escolas famílias agrícolas, voltadas para a educação do campo.
Trabalha com a concepção de Educação do e no campo, que é uma concepção que valoriza os saberes, as vivências e as experiências vinculadas a vida e ao trabalho no campo, superando a concepção de educação tradicional e bancária.
Tem, dentro dos seus princípios:
- – Educação integral.
- – Tempo-escola e tempo-comunidade.
- – Valorização da vida.
- – Relação saudável e sustentável com a natureza.
- – Articulada com a vida e com a produção no campo.
- – Valoriza o bem viver e uma vida mais saudável.
- – Trabalha com o Território, como espaço de vida e de trabalho das famílias e dos estudantes.
- – Escola próxima da família.
- – Educação emancipadora.
Assim, a pedagogia da alternância é uma concepção de educação: tempo – escola e tempo – família, com a organização de um currículo próprio.
A Pedagogia da Alternância, não é EAD, não é ensino híbrido, não é uma modalidade.
O Conselho Estadual está fazendo esta reflexão por conta dos pedidos de Autorização de Funcionamento de Escolas de alguns municípios para oferecer na rede municipal uma educação com tempo-escola e tempo-comunidade, onde o estudante, tem 3 dias de aulas na escola e 2 dias na comunidade. Este tipo de proposta, foge do previsto na LDB, de 200 dias letivos e 800 horas de “efetivo” trabalho escolar.
Por esta razão, o Conselho está discutindo e continuará fazendo as reflexões sobre este e outros temas educacionais, com vistas, à garantia da qualidade da educação, seja na cidade oi no campo.
Sueli Veiga Melo – Secretária de Políticas Educacionais da FETEMS
Campo Grande-MS, 06 de abril de 2022